Crise vivida pelo Reino Unido nos últimos meses desencadeou uma greve que pode levar à paralização da distribuição de cerveja , podendo levar os britânicos a ficarem uma semana sem a bebida
A crise econômica que tem afetado vários países, especialmente os da Europa, pode atingir um dos pontos mais sensíveis para os britânicos: seu tradicional hábito de beber cerveja, seja em casa ou nos diversos pubs espalhados pelo país.
Com uma inflação anual que já supera a casa dos 10% (maior inclusive que a inflação registrada no mesmo período no Brasil), cresceu o descontentamento da população com as medidas adotadas pelo governo da Primeira-Ministra Liz Truss, que renunciou ao cargo na última quinta-feira (20), após ocupá-lo por apenas 44 dias, sendo considerado o governo mais curto da história do país.
A inflação recorde, que é a maior dos últimos 40 anos, levou ao anúncio de uma greve de 1.000 motoristas de caminhão. Esse grupo de motoristas responde pela entrega de cerca de 40% das cervejas distribuídas no país.
A paralização está prevista para ocorrer entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro, o que afetará as entregas de cerveja de grandes marcas com Heineken, Stonegate, Admiral Taverns e Shepherd Neame para bares, pubs e outros pontos de venda, nas principais regiões consumidoras.
O sindicato Unite – que representa a categoria dos motoristas – disse que a empresa americana de logística GXO apresentou uma proposta de aumento salaria de 5%, porém com uma redução no benefício de auxílio-doença. Contudo, a proposta foi rejeitada pela categoria.
Em resposta ao comunicado do sindicato, a GXO alegou que sua proposta de aumento salarial foi “significativamente acima” dos 5% e que não tinha impacto sobre o auxílio-saúde dos motoristas.
Além dos britânicos, crise atinge outros países da Europa
A França também vem enfrentando greves de diversas categorias, em especial de segmentos ligados ao transporte. Por lá, o estopim que desencadeou foi uma convocação do governo francês para que os funcionários de refinarias que faziam uma paralização retornassem ao trabalho, para amenizar a escassez de combustíveis que o país atravessava, e que pressionava ainda mais a inflação local.
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