Cerveja trapista é a que é feita por monges ou sob sua supervisão, entre as paredes de mosteiro da ordem beneditina.
Primeiramente, é importante destacar que o título de Trapista é dado ao monastério da Ordem dos Cistercienses da Estrita Observância, relacionados aos beneditinos. Ou seja, ele é atribuído aos monastérios católicos que tem a pobreza como um dos seus votos.
A expressão Trapista é uma referência à abadia de La Trappe na Normandia (França), onde o movimento foi formado.
Os monastérios produzem diversos produtos, como queijos, pães e roupas, por exemplo. Alguns deles, também, produzem cerveja. Os monges vendem esses produtos e utilizam parte do dinheiro para sua subsistência e manutenção do mosteiro. Uma outra parte é utilizada em suas obras assistenciais.
Dos 170 mosteiros trapistas que existem pelo mundo, apenas 14 deles produzem cerveja. Entretanto, algumas dessas cervejas estão entre as mais famosas e excepcionais já feitas no mundo.
Dos 14 monastérios trapistas, 6 ficam localizados na Bélgica – onde há a maior concentração de cervejas trapistas. Por lá, são produzidas as cervejas Chimay, Rochefort, Orval, Achel, Westmalle e Westvleteren.
Na Holanda, são produzidas 2 cervejas trapistas: La Trappe e Zundert.
Na Áustria, há um único monastério que produz as cervejas Gregorius e Benno.
Seguindo para a Itália, temos a cerveja Tre Fontane. Nos Estados Unidos temos a a cerveja Spencer.
Há, ainda, um monastério na França, um na Inglaterra e mais um na Espanha.
Essas informações foram retiradas do site da “International Trappist Association – Beers” (www.trappist.be). Verifique se há atualizações.
Atualização (01/06/2022): Em maio de 2022, a cervejaria trapista americana Spencer anunciou que não mais produzirá suas cervejas. A Abadia de São José, responsável pela produção da cerveja Spencer desde 2014, informou que após um ano de reflexões, chegaram a conclusão de que o negócio cervejeiro não é mais uma indústria viável para eles.
Há regras para ser considerada uma cerveja trapista
Para ser considerada como uma cerveja trapista de verdade e ter permissão para usar o título trapista em suas garrafas, os monastérios devem seguir duas regras.
Primeiramente, é ser produzida entre os muros da do monastério, por monges ou sob sua a supervisão. A segunda regra é que o lucro deve ser aplicado na manutenção do monastério ou em causas de caridade na junto à comunidade local, como já dito.
Cabe à Associação Internacional de Trapistas decidir quem entra e quem sai desse clube exclusivo.
Por fim, ao contrário do que alguns dizem, trapista não é um estilo de cerveja. Um monastério pode produzir vários estilos de cerveja sob o título de trapista.
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