O conjunto com oito tubos de ouro e prata tem aproximadamente 5.500 anos. Eles foram desenterrados no norte do Cáucaso, na Rússia. Esses podem ser os canudos mais antigos do mundo, afirmam especialistas.
Os canudos têm mais de um metro de comprimento cada. Possuem uma ponta estreita com várias perfurações. A descoberta ocorreu durante escavações realizadas em um monte perto da cidade de Maykop, no verão de 1897.
Primeiramente, pensava-se que esses canudos fossem uma espécie de cetro de algum líder. Em seguida, formulou-se a teoria de que fossem hastes para sustentar um toldo cerimonial.
Mas a cerca de uma década, os canudos voltaram a ser estudos. Entretanto, o que chamou a atenção foi o que parecia ser um filtro feito com aberturas estreitas numa das extremidades de cada um dos tubos.
Isto porque alguns canudos encontrados pertencentes ao povo Sumério tinham filtros parecidos. Da mesma forma, possuíam furos que eram utilizados para a filtragem de restos de palha e outras impurezas encontradas na cerveja.
“No passado a cerveja era mais espessa e com sedimentos, e canudos com filtros era um utensílio necessário”, explicou ao jornal The Guardian Augusta McMahon, da Universidade de Cambridge.”
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Canudos com filtro
Ao analisar resíduos encontrados nesses filtros, encontrou-se evidências de amido de cevada. Assim, esta descoberta ratificou a teoria de que estes tubos, no formato de canudos gigantes, eram utilizados para beber cerveja em grupo. O conjunto de tubos encontrados permitia que oito pessoas bebessem a cerveja juntas, de um mesmo vasilhame.
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Um outro artefato também encontrado junto com os canudos, ajuda a confirmar a nova hipótese. É um grande jarro, capaz de fornecer a cada uma das oito pessoas reunidas para beber, cerca de 3,5 litros de cerveja.
Contudo, o ato de beber em grupo de um mesmo recipiente é bem antiga. Há indícios de que o povo Sumério já realizava essa prática na Mesopotâmia mil anos antes que essa cidade antiga da Rússia.
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