No dia 8 de março, é comemorado em todo o mundo o Dia Internacional da Mulher. E talvez muita gente não saiba, mas a participação das mulheres foi fundamental para que tenhamos nos dias de hoje a nossa tão querida cerveja.
Portanto, a contar da criação das primeiras cervejas no mundo há milhares de anos atrás, as mulheres sempre estiveram presentes de alguma forma.
Por isso, vamos ver 5 fatos da história da cerveja nos quais as mulheres estiveram presentes.
1. A cerveja foi criada por uma deusa
De acordo com achados arqueológicos, atribui-se ao povo Sumério a descoberta da cerveja. E para termos noção da importância da cerveja para esse povo, eles creditavam a criação da cerveja a uma divindade feminina, a deusa Ninkasi.
Arqueólogos encontram vestígios de um cântico em forma de poema – escrito aproximadamente no ano de 1.800 a.C. – dedicado à deusa Ninkasi. Esse poema trazia, dessa forma, a primeira receita escrita de como preparar a cerveja. Entre os ingredientes, havia tâmaras, ervas, mel, grãos variados e especiarias.
2. As mulheres eram as comerciantes de cerveja
Assim, avançando alguns séculos e chegando na Babilônia, temos as mulheres como as responsáveis pela produção e comercialização da cerveja. Nessa época, surgiram as “bît sabîti”, uma espécie de tavernas para consumo da bebida, que são os ancestrais dos nossos queridos botecos.
3. A descoberta das propriedades do lúpulo foi feita por uma mulher
No século 12, Hildegard von Bingen, monja e teóloga nascida na Alemanha, que mais tarde viria a ser a Santa Hildegarda, foi quem primeiramente descreveu os atributos do lúpulo. O lúpulo é um dos ingredientes principais da cerveja e, por isso, está presente na Lei da Pureza da Cerveja Alemã, desde quando foi promulgada.
Veja também: O que é a Lei da Pureza da Cerveja Alemã?
4. As mulheres eram as responsáveis pela produção da cerveja em várias culturas
Em várias culturas, como na celta e na germânica, era papel das mulheres a produção da cerveja. E isso permaneceu por toda a Idade Média. Aos poucos, foram sendo substituídas por monges da Igreja Católica e, tempos depois, pelas cervejarias dirigidas por cervejeiros homens.
Elas produziam para atender o consumo da casa. E o excedente, muitas vezes, era vendido para ser tornar uma fonte de renda familiar. Na Inglaterra, elas eram chamadas pelo nome de alewives.
5. As “bruxas” produziam cerveja
Dizem que as bruxas que foram perseguidas e mortas pela Inquisição no final da Idade Média eram, em grande parte, alewives.
Elas faziam suas cervejas em grandes caldeirões para comercializar em festivais e eventos que atraíam um grande público. Para que pudessem ser vistas à distância, vestiam chapéus compridos e pontudos.
Como armazenavam muitos grãos em suas casas para produzir suas cervejas, acabavam atraindo muitos ratos. E para combatê-los, acabavam tendo gatos como animais de estimação.
As alewives adotaram a vassoura como símbolo de identificação dos seus pontos de venda, chegando a pendurá-las sobre a porta. Outro símbolo era a estrela de cinco pontas. Essa estrela representava, na alquimia, um talismã para produção de cerveja.
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