O estilo Belgian Dubbel ou simplesmente Dubbel, surgiu quando as comunidades monásticas começaram a fabricar uma cerveja para vender ao público. Era uma cerveja mais forte do que a cerveja que os monges consumiam na abadia. Ela pertence ao que é conhecido como a tradição trapista.
Atualmente, existem um número muito limitado de cervejarias no mundo que podemos chamar sua cerveja de Trapista – o que significa que são fabricadas em mosteiros por monges ou sob sua supervisão.
Veja também: Cerveja Trapista, a cerveja dos monges beneditinos
As cervejas Belgian Dubbel são produzidas nos mosteiros desde a Idade Média. Ficaram sumidas por algum tempo, mas a sua fabricação foi retomada logo após o fim das Guerras Napoleônicas na Europa, em meados dos anos de 1800. Ela pertence à Escola Cervejeira Belga.
Em relação à aparência de uma cerveja Dubble, sua coloração varia entre a cor âmbar escuro e o cobre. Entretanto, pode apresentar um interessante reflexo vermelho ao fundo. Esse estilo traz uma persistente espuma bege, densa e cremosa.
Os aromas de uma cerveja Belgian Dubbel evidenciam a doçura do malte, incluindo notas de chocolate, caramelo e tostado. Seu sabor se assemelha ao aroma, com a predominância de um malte médio a médio-alto. Apresenta, ainda, um baixo sabor de lúpulo condimentado, podendo ser floral ou herbal.
O ABV da Dubbel normalmente varia entre 6 e 7,6 por cento. As Dubbels são mais escuras que as Tripels, outro estilo de cerveja belga. Se quiser saber um pouco mais sobre o ABV de uma cerveja, dá uma olhada nesse outro post que preparamos para você: Saiba identificar o ABV da sua cerveja preferida.
As cervejas Belgian Dubbel harmonizam muito bem com carnes vermelhas, codorna assada, cordeiro e chocolate ao leite.
Algumas cervejas do estilo Belgina Dubbel que você encontra no mercado:
- Cerveja La Trappe Dubbel
- Heilige Belgian Dubbel
- Wäls Dubbel
Uma curiosidade sobre o estilo Belgian Dubbel
Alguns historiadores e estudiosos da cerveja não têm certeza, mas especulam que no período que antecedeu a alfabetização em massa, esse “segundo estilo” produzido pelos monges poderia ter os barris marcados com dois “XX”, o que possivelmente levou o estilo a ser chamado de “Dubbel”.
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