Tesouro naufragado

Um tesouro afundado há mais de 100 anos

Você já imaginou em um mergulho seu, encontrar garrafas de cerveja que são consideradas um verdadeiro tesouro afundadas há mais de 120 anos?

Pois é, isso foi o que aconteceu com o técnico de mergulho e mergulhador amador, Steve Hickman.

Por mais que as mesmas não fossem mais próprias para consumo humano, esse tesouro guarda em si grandes segredos de levedura que podem ser “ressuscitados” para uma excelente produção.

Quantas cervejas foram encontradas?

Foi possível encontrar por lá centenas e mais centenas de garrafas de vidro, todas preservadas no porão do navio, que estavam todas em fileiras e mais fileiras.

Na primeira garrafa que Hickman retirou do lugar, acabou criando um grande problema, o sedimento se agitou e dessa forma uma nuvem enorme se formou, reduzindo a zero o que ele enxergava.

Steve Hickman não conseguiu retirar todas as cervejas, mas junto com sua equipe ele conseguiu fazer com que algumas chegassem cuidadosamente até a superfície.

Como o navio afundou com esse tesouro a bordo?

Uma das garrafas recuperadas do navio
Uma das garrafas recuperadas do navio (Crédito: Steve Hickman )

O navio que afundou foi o Wallachia. Esse era um navio de carga, que em 1895 na costa escocesa, acabou colidindo com outra embarcação e, dessa forma, afundando.

Tudo isso aconteceu devido a uma forte neblina que ocorria naquele dia. O navio levava consigo diversas cargas diferentes. Além disso, contava com milhares de bebidas alcoólicas a bordo.

Por mais que o navio tenha ficado por ali por mais de um século, diversas bebidas foram preservadas. Ao longo de todo esse tempo, isto é, desde 1980, Hickman vem resgatando bebidas.

Desde essa época, ele já resgatou gim, uísque e cerveja, como já vimos. Mas, desde então, nada tão significativo quanto o que aconteceu mais tarde.

Algo incomum encontrado com esse tesouro

Na última visita que fez com sua equipe ao navio Wallachia, Hickman acabou resgatando algo um tanto quanto inusitado. E o que foi resgatado poderia ser usado futuramente.

Nas últimas garrafas de cerveja que resgatou, continham um organismo vivo e essas foram entregues para a empresa Brewlab, que com mais alguns estudos extraíram uma levedura viva.

Essa levedura viva se encontrava dentro de três garrafas. Depois de encontrada, ela foi usada para tentar recriar a cerveja original.

O que se notou em alguns estudos é que aquele tipo de levedura era um tanto quanto incomum. Por isso, cientistas estão avaliando o quanto essa cepa pode auxiliar na produção de cerveja.

Esse tipo de pesquisa e busca por cervejas naufragadas cresce muito. Até existe um nome para esse tipo de estudo – bioprospecção -, que tem o intuito principal em ressuscitar leveduras antigas.

Um erro marcante

É claro que essa história não poderia apenas ter coisas boas. Aconteceu um fato com Steve Hickman que foi um tanto quanto trágico, mas cômico ao mesmo tempo.

Hickman conta que ele e mais alguns amigos abriram as cervejas que, na época, possuía em torno de 100 anos e distribuíram em copos. Ela era muito bonita e encorpada.

Mas, depois disso, foi só água abaixo. O cheiro era horrível, parecia uma mistura de salgado com putrefação e o gosto era pior ainda.

O que ele não esperava é que as cervejas explodiriam do nada. Até mesmo teve uma vez que uma explodiu na cozinha de sua mãe, deixando tudo com cheiro de podre.

Com essa história, tiramos a lição de que se tivermos uma cerveja guardada por muito tempo, devemos logo levá-la para ser estudada e não deixar em casa. Quem sabe você não tenha um tesouro em suas mãos…

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