Ambev quer ser vista como uma “plataforma de marcas”

Em evento com investidores nessa semana, a Ambev revelou seus planos para o futuro da companhia. A intenção da maior cervejaria do país é ser vista como uma “plataforma de marcas”.

A companhia quer se reinventar e continuar à frente do mercado cervejeiro. Para isso, vai buscar investir em inovação nos seus canais digitais, para enfrentar um cenário desafiador trazido pela alta da inflação. E o portifólio de marcas mais populares é o que mais sente o impacto da subida de preços.

Entre as inovações que a Ambev já possui e que estão voltadas para seus clientes principais, três já se destacam há algum tempo. O primeiro é o aplicativo “Zé Delivery”, que foi lançado em 2015. Segundo números divulgados pela empresa, em 2021, o app já contava com 4,9 milhões de usuários.

A outra iniciativa é o Bees, um marktplace direcionado para bares e restaurantes parceiros da Ambev. O aplicativo foi disponibilizado em 2019 e em 2021, já contava com mais de 370 mil clientes.

A terceira iniciativa do grupo é a fintech Bess Bank. O banco digital é voltado às pequenas e médias empresas e já tem mais de 220 mil contas digitais abertas.

A atuação nessas áreas de inovação tecnológica vai ao encontro do que disse o CEO da companhia, Jean Jereissati, no evento com os investidores: “Ser apenas uma companhia de bebidas não nos representa mais”.

A Ambev está otimista com esse ano

Crédito: Wikimedia Commons

Um outro ponto comentado no encontro foi o aumento do consumo das cervejas premium pelos consumidores. O volume realizado de vendas que esse segmento representa teve um aumento expressivo, passando de 15% para 33% em três anos. E esse segmento é menos sensível à inflação.

A Ambev tem se mostrado otimista e acredita que 2022 será um “bom ano” para a indústria de cervejas, apear da crise. A volta dos consumidores aos bares e restaurantes e a Copa do Mundo nesse ano, que será realizada pela primeira vez no verão brasileiro, são fatores que dão suporte a esse otimismo.