Pagamento com cerveja

Registro de 5 mil anos mostra que trabalhadores eram pagos com cerveja

Um antigo “contracheque” descoberto na Mesopotâmia revela que cerveja eram dada aos trabalhadores como forma de pagamento. Esse artefato arqueológico de 5.000 anos foi descoberto na antiga cidade mesopotâmica de Uruk. Ela ficava localizada onde hoje é o Iraque.

Nessa cidade, seus habitantes desfrutavam de muitos benefícios da vida moderna daquela época. Uruk possuía até grandes zigurates, que eram uma espécie de arranha-céus do mundo antigo.

Os moradores de Uruk trocavam suas mercadorias por dinheiro, jogavam jogos de tabuleiro e se comunicavam enviando cartas umas às outras, através de tabuletas de argila. Para isso, os babilônios utilizavam um sistema de escrita chamada cuneiforme. Contudo, eles também foram pagos pelo seu trabalho com cerveja.

O contracheque de argila registra o pagamento com cerveja

Os contracheques no formato das tabuletas de argila eram muito comuns por lá. E um deles faz parte do acervo do Museu Britânico, em Londres.

Tábua de argila que registra o pagamento em cerveja
Nesta tabuleta cuneiforme da cidade de Uruk, no atual Iraque, vemos registros de pessoas sendo pagas em cerveja/Crédito: British Museum

Segundo escreveu o arqueólogo Alison George ao site New Scientist, o que pode ser lido no na tabuleta de 5.000 anos é como esse pagamento podia ser feito. “Podemos ver uma cabeça humana comendo de uma tigela, que significa ‘ração’, e um recipiente cônico, que significa ‘cerveja’. Espalhados estão arranhões que registram a quantidade de cerveja para um trabalhador em particular.”, escreveu Alison. Mas não vá se animando muito. A cerveja da época não era nem um pouco parecida com a estamos acostumados hoje me dia.

A cerveja usada como pagamento era mais espessa, rica em amido e com um teor alcoólico mais baixo, algo que poderia servir no lugar de uma refeição. Parecia uma espécie de “pão líquido”.

Mas, não foram somente os sumérios que utilizaram a cerveja como forma de pagamento aos trabalhadores. No antigo Egito, também há registros de indivíduos recebendo cerveja pelo seu trabalho – aproximadamente entre 4 e 5 litros por dia, para os que estivessem construindo as pirâmides. Há quem diga que era mais seguro beber cerveja do que as águas do Nilo.

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